quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Protozoários, células, bactérias e vírus


Na última terça-feira, 30, os alunos de 7o e 8o anos da EDEM tiveram uma atividade bem especial com o físico Paulo Colonese. Mestre em Educação Matemática pela Universidade Severino Sombra, ele é Assessor Técnico do Museu da Vida e da Casa de Oswaldo Cruz (Fiocruz). Na Semana das Ciências da escola, ele coordenou as atividades "A descoberta dos microorganismos (Leewenhoeck e Hooke) e A Descoberta dos Vírus (das hipóteses até a visualização).
 
 
- Na primeira oficina foi bem legal, os alunos estavam muito interessados, até porque estão estudando sobre microorganismos. Então meu enfoque foi falar sobre aspectos históricos, de como se chegou a estas descobertas e também esclarecer um pouco o universo de dimensões dessas escalas. Porque a gente fala em microorganismos, mas há uma diferença gigante entre tamanhos e formas... e isso que dificultou a descoberta. No século 17 houve a descoberta dos primeiros microorganismos, os protozoários, que eram gigantes. A partir daí, com o aperfeiçoamento, você chega às células, animais e vegetais, e bactérias. E hoje, nos últimos 50 anos, a gente chega nos vírus, que são partículas menores ainda. Então eles tiveram noção desse escalonamento, do tipo de microscópio que foi necessário... O vírus, por exemplo, só é visto com microscopia eletrônica - conta Colonese, que também é coordenador dos módulos interativos e participativos de Matemática do Espaço Ciência Viva e investiga tema como Educação em Ciências e Educação em tecnologias de informação.
 
 

Foto: Pedro Monteiro
 
 
Na segunda oficina, o enfoque o assunto nos vírus:
 
- Na atividade dos canudos a gente construiu, com os canudos, um modelo de vírus. Cada grupo funcionou como se fosse uma célula que tivesse sido contaminada pelo vírus da dengue. O que o vírus da dengue faz? Nada. Ele só joga o código genético dele dentro da célula. E os estudantes aqui, que são a célula, fazem tudo: produzem as proteínas do vírus, a partir da receita do vírus, que no caso aqui está sendo representado pelos canudos. Com as proteínas produzidas, elas começam a se juntar formando as estruturas para formar o capsídeo de um novo vírus. A ideia é eles perceberem isso, eles entraram no processo de destruição sem perceber.
 
Para ele, um evento como a Semana das Ciências é fantástico:

-  É fundamental que os alunos façam esse contato com pesquisadores e cientistas renomados. Pena que nem todas as escolas façam isso. Que bom que a EDEM faz.